Nos canteiros de um quintal
Há plantas e flores rosadas
E a casa é viva e amada
Por conta da engenharia vital
Casa de arquitetura singela
Onde mora família bondosa
Rodeada de plantas e rosas
E aquela tal moça na janela
Eu, que sou um carteiro da rua
Deixo na caixa postal do jardim
Onde trepam jade e jasmim
Poemas de poesia nua e crua
Que ela cozinha com o olhar
Lendo os textos da minha lira
Às vezes, vejo que ela suspira
Por generosidade de apreciar
Um dia, ela afagou a roseira
Como se folheasse os poemas
E notei sua beleza nas gemas
Defronte, minha poesia é poeira
Quem me dera chegasse à bela
Com cartas e palavras de flores
Sem espinhos, cheias de amores
Boas, belas e delicadas como ela
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