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Turbante rosa

Em silêncio, a moça do turbante rosa,

tão amorosa no seu semblante sereno,

já é uma singela e comovente cantiga

que soa aos olhos um poema de aceno.

 

Não obstante, sua visão contempla

arrebatada à névoa lívida da ribalta

cintilando nos olhos uma rara lempa,

enquanto um gentil adágio a exalta.

 

Creio que quando ela olha

o brilho da alma

constante em seus olhos

afeta com afeto a visão

e o mundo lhe parece brilhante

tanto quanto exultante

por ser visto por ela.

Ela olha e muda o mundo.

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